Automutilacao Infantil Dra Raquel Heep

Pesquisadores apontam dois grupos com maior risco e acionam alerta para atenção à saúde mental das crianças

Um estudo recente, feito com 11 mil crianças e adolescentes de 5 a 14 anos nos Estados Unidos, identificou fatores de risco à automulitação e grupos mais propensos ao problema, que apareceu em um a cada seis participantes. A pesquisa mostrou que os mais atingidos são os jovens com problemas para lidar com as emoções ou com disposição a correr riscos. Os sinais, contudo, podem aparecer anos antes.

“Nossos resultados revelam dois caminhos distintos para a automutilação: um caminho de ‘psicopatologia’, associada a dificuldades emocionais precoces e persistentes, e bullying. O outro é o ‘comportamento de risco do adolescente’, que faz com que sejam propensos a  assumir riscos e desafios externos”, aponta o estudo, publicado no Jornal da Academia Americana de Psiquiatria Infantil e Adolescente.

Segundo os cientistas da Universidade de Cambridge, responsáveis pela análise, foram identificados “fatores de risco longitudinais de comportamento autolesivo”, o que significa que sinais de alerta de automulitação podem aparecer em crianças quase uma década antes de a automutilação começar a acontecer.

“Nossa forma atual de apoiá-los é uma sobrecarga. Normalmente, esperamos que os problemas aumentem e, só então, intervimos para ver se podemos fazer alguma coisa. Precisamos realmente mudar para um modelo preventivo e proativo”, disse Duncan Astle, um dos pesquisadores, à BBC News.

Entre os dois grupos identificados com maior risco à automutilação, o primeiro tinha histórico de transtornos mentais, bullying e dificuldade para lidar com as emoções.

Segundo os cientistas da Universidade de Cambridge, responsáveis pela análise, foram identificados “fatores de risco longitudinais de comportamento autolesivo”, o que significa que sinais de alerta de automulitação podem aparecer em crianças quase uma década antes de a automutilação começar a acontecer.

“Nossa forma atual de apoiá-los é uma sobrecarga. Normalmente, esperamos que os problemas aumentem e, só então, intervimos para ver se podemos fazer alguma coisa. Precisamos realmente mudar para um modelo preventivo e proativo”, disse Duncan Astle, um dos pesquisadores, à BBC News.

Entre os dois grupos identificados com maior risco à automutilação, o primeiro tinha histórico de transtornos mentais, bullying e dificuldade para lidar com as emoções.

Os riscos de automutilação nos dois grupos são maiores se associados ao sono insatisfatório e à baixa auto-estima, revelou o estudo. “Esta abordagem tem o potencial de explorar como a adversidade pode afetar o desenvolvimento do cérebro da criança em diferentes grupos. Também pode nos ajudar a entender as consequências das adversidades, como outros problemas de saúde mental que eles podem enfrentar na adolescência”, explica Stepheni.