Com toda a rotina e o dia a dia social e profissional mais voltados para o ambiente online, algo que ficou ainda mais evidente durante o período da pandemia está sendo a dependência com que jovens, adultos e até crianças tem do celular e de algumas redes sociais.

A nomofobia, termo utilizado para se referir a esse problema, vem da palavra NO de negação do inglês, MO da palavra mobile que significa celular e FOBIA que sugere o medo exagerado em relação a alguma coisa.

O termo não é muito conhecido, porém o comportamento exagerado denominado vício pela internet já, há alguns anos, se tornou parte dos critérios incluídos no Manual Diagnóstico de Doenças Psiquiátricas.

Como vários canais de comunicação online estão invariavelmente concentrados no celular, há quem não consiga ficar longe do aparelho por muito tempo ou quando a bateria acaba é possível verificar sintomas físicos e clínicos de fobia e até picos de adrenalina como tremores, falta de ar, taquicardia, pressão no peito e palpitações, sintomas típicos de episódios de ansiedade. Consequentemente podem ocorrer também alterações no sono, atenção, memória que atrapalham a vida diária de quem sofre com isso.

Nesses casos é necessária uma avaliação clínica individual, principalmente se é algo que acontece frequentemente, pois geralmente esses episódios podem ser gatilhos para gerar quadros de ansiedade generalizada, comuns em pessoas que já tem uma predisposição em desenvolver transtornos de ansiedade ou pânico.