Diferenças Entre Transtorno De Pânico E Ansiedade Dra. Raquel Heep

O Brasil é um dos países com o maior índice de ansiosos do mundo e, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), apresentam quase cerca de 10% de pessoas que sofrem de algum tipo de transtorno de ansiedade. Apesar desses índices, é comum que a maioria não saiba que se trata de uma doença nem saiba diferenciar o transtorno de ansiedade do transtorno ou síndrome do pânico, ainda que se tratem de duas faces do mesmo problema.

Sintomas de ANSIEDADE, apesar de comuns em alguns tipos de situações no dia a dia, ou até mesmo diante de problemas mais sérios como perda de emprego, doença ou qualquer tipo de mudança mais significativa, podem se tornar muito acentuados nos Transtornos de Ansiedade Generalizada (TAG) em que a preocupação é constante com picos eventuais mais intensos, mesmo sem motivo aparente. Podem até chegar a sintomas físicos como falta de ar, palpitações, enjoos e tontura, entre outros. Tais sintomas, além de não serem incapacitantes, atrapalham as relações sociais e profissionais, comprometendo até o relacionamento interpessoal.

Já o transtorno do pânico, apesar de ter sintomas semelhantes a uma crise de ansiedade, se diferencia devido a seu início rápido e inesperado, chegando em uma fase aguda em poucos minutos e seu grau incapacitante de interação social. Isso tudo devido a uma descarga de substâncias no organismo como noradrenalina e adrenalina, entre outros processos responsáveis pelas manifestações físicas intensas na crise.

Palpitações, coração acelerado e dores no peito, suor, tremores, sensação de desmaio, náusea ou desconforto abdominal, formigamentos e calafrios, além do medo de perder o controle, enlouquecer e até morrer, por isso é comum alguns tipos de medos irracionais como de sair de casa ou de estar em ambientes muito cheios, chamado de agorafobia.

Apesar de não ser possível curar a ansiedade ou o transtorno de pânico, através do acompanhamento com um psiquiatra tais sintomas podem ser diagnosticados e controlados por meio de medicamentos, psicoterapia e outras técnicas.

Raquel Heep é médica psiquiatra e professora de Saúde Mental do curso de Medicina da Universidade Positivo (UP).

Texto produzido por Dra. Raquel Heep
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