Biomarcadores encontrados no sangue e na saliva são velhos conhecidos dos psiquiatras como ferramentas que colaboram na prescrição do melhor tratamento de um transtorno mental. Um novo estudo, porém, sugere um passo a mais: usá-los no diagnóstico dessas doenças, especificamente da depressão.

Um estudo divulgado no fim de julho pelo periódico científico PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America) sugere um biomarcador específico, a Acetil-L-carnitina, como determinante para o diagnóstico da depressão. Embora a pesquisa seja incisiva na confiabilidade da fórmula, especialistas estão receosos.

Os exames de sangue que fazem a leitura dos biomarcadores estão disponíveis à população, mas o custo elevado e a vulnerabilidade diante a outros fatores contraindica o uso sem necessidade. Pessoas que fariam bom uso desses exames, segundo a médica psiquiatra Raquel Heep, seriam aquelas que ainda não encontraram o tratamento mais adequado.

Raquel Heep é médica psiquiatra e professora de Saúde Mental do curso de Medicina da Universidade Positivo (UP).

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